segunda-feira, novembro 17, 2008

Grandes barrigas podem duplicar o risco de morte prematura

Ponha de lado as contas para calcular o Índice de Massa Corporal (o resultado da divisão do seu peso em quilos pela sua altura em metros ao quadrado), ou mesmo a balança e vá buscar a fita métrica. O seu perímetro abdominal será um dos mais fiáveis sinais de alarme para o risco de morte prematura, dizem os especialistas num estudo publicado ontem no New England Journal of Medicine que envolveu mais de 350 mil pessoas. Conclusão: Um “pneu” com mais de 120 centímetros num homem e 100 centímetros numa mulher significa que duplicou o risco de morte prematura.




O perímetro abdominal já estava claramente associado ao risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Agora ficou unido ao perigo de morte. Mesmo que o seu IMC seja normal (entre os 18 e 25) e mesmo que não possa ser considerada uma pessoa obesa, se o seu pneu ultrapassar os 80 centímetros (nos homens) ou os 65 (nas mulheres) comece a preocupar-se, dizem os especialistas. A partir daí, os seus riscos começam a aumentar. Cada cinco centímetros a mais significa um aumento de 17 por cento de risco nos homens e 13 por cento nas mulheres.

“O nosso estudo mostra que acumular gordura em excesso na sua cintura pode colocar a sua saúde em risco mesmo se o seu peso for normal baseado no IMC. Não há muitas características no indivíduo que possam aumentar o risco de morte até este ponto, independentemente de fumar ou beber”, refere Elio Riboli, do departamento de Epidemiologia e Saúde Pública do Imperial College London, numa nota de imprensa sobre o projecto. O autor principal do artigo, Tobias Pischon, do Instituto de Nutrição Humana na Alemanha, acrescenta: “A gordura abdominal não é apenas um depósito de energia, mas também liberta substâncias que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças crónicas. Esta será a explicação para a ligação”.

O estudo também avaliou o rácio entre a cintura e as ancas (dividindo as medidas da cintura pelas da anca) associando-o também ao risco de morte prematura. Tendo como coordenadas os resultados entre 0,78 e 1,10 nos homens e os 0,66 e os 0,98 nas mulheres, cada aumento na ordem dos 0,1 neste rácio foi relacionado com mais 34 por cento de risco de morte prematura nos homens e 24 por cento nas mulheres.

mais em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349906

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