quinta-feira, julho 30, 2009

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Tenham medo, muito medo
O cenário é apocalíptico, verdadeiro "Mad Max" sanitário: ruas desertas, escolas, fábricas, restaurantes, centros comerciais fechados, os próprios pilares da portugalidade, igrejas, estádios, casas de fado, fechados; e as famílias fechadas em casa (persianas corridas, janelas fechadas, portas fechadas, casota do cão fechada) com as câmaras de segurança direccionadas, já não para os bairros periféricos, mas para partículas em suspensão e vizinhos, a suspeita corroendo os valores mais sólidos do matrimónio, filhos, criadas, maçanetas das portas. A crer em jornais e TV (e na Roche, e na Gilead), o H1N1 propaga-se mais depressa que o comunismo; pior: os comunistas só comiam criancinhas, o H1N1 come a família toda. 127 mortos nos Estados Unidos, 21 no Canadá, 7 na Austrália, 29 no Reino Unido, 3 em Espanha… Segundo o último relatório da OMS, já há 311 mortos em todo o mundo, principalmente no mundo ocidental. Face a números tão aterradores, o que são 6 milhões de crianças morrendo anualmente devido a fome e subnutrição e 10 milhões devido a doenças que podiam ser evitadas com uma simples vacina?


Manuel António Pina
JN 21-07-09

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